Primeira entrevista exclusiva com os Estados Unidos da América!

06/09/2013 21:36

Na tarde de sexta feira 6 de setembro de 2013, nós da imprensa Le Monde, fizemos a primeira entrevista com os Estados Unidos da América, cujo tema central visava o conflito da Síria.

Gostaríamos de agradecer a todos os delegados por nos conceder a entrevista e principalmente por responder todas as perguntas sem hesitar.

Confira abaixo as perguntas e respostas por extenso e no artigo de "Vídeos- entrevistas", você poderá ter acesso ao vídeo.

 

1- Como os EUA pretendem lidar com a questão Síria se os funcionários da ONU que ainda se encontram no país permanecerem onde estão? A intervenção seria realizada e colocaria a vida desses cidadãos em risco?

Thiago Balbino: “Bom, devemos ressaltar que o ataque á Síria será restritamente especifico, procurando atingir bases e estruturas do regime, não havendo o envio de tropas coalizadoras. Será um ataque rápido e militar, não haverá o envio de tropas por terra para tentar derrubar o governo da Síria. Realizaremos um ataque cirúrgico ao regime de Bashar Al Assad”.

2- Como vocês explicam que uma ação armada, já que estamos falando de bombardeios, poderia promover a paz? Não seria, no mínimo, contraditório?

Alisson Jordão: “A população da Síria só sentirá paz quando Bashar Al Assad parar com seus atos terroristas. Os bombardeios, como já foi mencionado, serão estratégicos contra aqueles que defendem a sua ditadura. Levaremos a paz para aquele país, afinal está mais que claro que Bashar Al Assad não vai parar por livre e espontânea vontade”.

3- A quem interessaria uma intervenção na Síria?

Alisson Jordão: “Interessaria á própria população da Síria. A população não aguenta mais essa ditadura sanguenta que já matou milhares de pessoas. Os ataques serão estratégicos contra aqueles que defendem essa ditadura. Quem muda a favor de Bashar Al Assad, se constitui inimigo dos Estados Unidos da América”.

4- Como os EUA se posicionam a respeito de grupos parceiros da Al Quaeda na Síria? De certa forma a invasão não os privilegiaria?

Thiago Balbino: “Como já foi dito, não invadiremos a Síria, o ataque será cirúrgico. O ataque tem como único objetivo, barrar as ações violentas de Bashar Al Assad e poupar mais vidas inocentes do país. Não daremos brecha para grupos terroristas infiltrados. A guerra ao terror podem ter certeza disso, ainda não acabou”.

5- A maioria da população norte-americana está contra a intervenção e, nos últimos dias, os soldados têm se manifestado anonimamente nas redes sociais contra uma ação norte americana. Como o governo analisa esses fatos?

Alisson Jordão: “Não da mais para aceitar essa questão da Síria, já passou da hora de tomarmos uma atitude e resolver esse problema. Talvez algumas pessoas estejam confundindo as coisas pensando que enviaremos tropas para lá, e como já foi explicado, não vai acontecer. A nossa intenção é levar a paz a Síria, fazendo Bashar Al Assad parar com as suas loucuras”.

6-Até agora os EUA não emitiram comunicado satisfatório sobre as ações de espionagem realizadas e divulgadas nos últimos tempos. A que isso se deve?

Thiago Balbino: “O que o mundo precisa entender é que não há como assegurar 100% de privacidade com 100% de segurança. Alguns atores internacionais, como Estados e grupos terroristas, colocam em risco a segurança e a paz mundial, desrespeitando tratados e defendendo até a aniquilação de outros povos. Alguns exemplos disso são o Irã, com seu programa nuclear para fins bélicos e o regime ditatorial norte coreano, verdadeiras ameaças para a comunidade internacional. Mas apesar de tudo isso, os Estados Unidos da América considera que devemos sim pedir desculpas a todos os Estados por ferir a soberania dos mesmos e que nós fizemos isso, que fique claro, nós fizemos tudo isso em prol da segurança da comunidade, por uma causa muito maior”.

7- O mundo assistiu a condenação do militar norte americano Bradley Manning que teria denunciado crimes de guerra. Não estaria ele prestando um serviço a humanidade? Como vocês analisam o caso.

Matheus Paschoal: “A política interna dos Estados Unidos da América, só será debatida no próprio país, o soldado norte americano foi julgado e condenado por traição. O julgamento está feito e não voltaremos atrás”.

8- Vocês pretendem atacar a Síria, mas vocês não se preocupam com as pessoas inocentes que poderão morrer?

Matheus Paschoal: “Claro que estamos preocupados, este é o motivo do ataque, uma vez que já foi confirmada a morte de 1500 pessoas e 5000 feridos por uso de armas químicas. Os Estados Unidos como a maior potência econômica está triste com esse fato e por isso estaremos a disposição e preparados para ajudar a promover a paz”.

9- Se for realmente provado o uso de armas químicas na Síria, qual a opinião dos estados unidos em relação a uma nação que põe em risco e até leva a morte a própria população?

Alisson Jordão: “Já está provado, todas as evidências levam a crer nisso. É muito triste e inaceitável uma situação dessas, uma ditadura que mata a própria população é algo inaceitável e desumano, o mundo não pode ficar de braços cruzados diante de tal situação”.

10- quais são as nações que estão ao lado dos EUA em relação ao conflito da Síria?

Thiago Balbino: “Os nossos aliados são os países que mais nos auxiliaram na busca pela paz em terras iraquianas e afegãs”.

11- Qual seria a posição dos EUA caso o conselho não autorize a intervenção, o que parece ser o caso, atacar somente pautado pela aceitação dos comandantes da OTAN não seria uma violação do direito internacional? Qual a posição dos EUA a respeito?

Thiago Balbino: “Primeiramente, a OTAN não participará do ataque e o que devemos considerar é o seguinte: O regime de Bashar Al Assad, está dizimando sua própria população e não tomando atitudes rígidas, estaremos abrindo caminho para que novos ataques á população Síria aconteça. Infelizmente, por causa de interesses políticos e econômicos por parte da Federação Russa, a população Síria continua sendo reprimida com extrema violência. Nós não aceitaremos que a democracia tão clamada na Primavera Árabe, seja derrotada.  O único direito que está sendo violado é o Direito Civil da população Síria. Os Estados Unidos da América, lutarão com todas as suas forças para garantir que nenhuma pessoa mais morra em terras Sírias”.